quinta-feira, 21 de janeiro de 2010




Hoje eu recebi um email “O que fazer para ser feliz”. Acho que se existisse uma receita não existiria gente triste, não é? “É melhor ser alegre que ser triste, alegria é melhor coisa que existe”, escreveu Vinícius de Moraes.

Outro dia assisti ao filme “O Solista”, e era justamente sobre ser feliz. Mais, era sobre achar que sabe o que o outro precisa para ser feliz. O erro, “meu caro Wats”, é que a felicidade tem medidas diferentes pra cada um. Tem gente que se contenta com pouco, outros precisam de mais. Tenho uma amiga que está viajando e contou que a companheira de quarto dela nunca está satisfeita, diferente dela. Ela disse “a fulana PRECISA de um curso ótimo, casa incrível e festas ótimas para estar bem”.   Já reparou como a gente está sempre estipulando patamares de felicidade que sempre tem a ver com o “ter”? Exemplo: “Se eu não tiver isso ou aquilo não ficarei feliz”. A pergunta é: É mais feliz quem tem mais?

No filme, o (maravilhoso) Robert Downey Jr. Interpreta um repórter que quer ajudar um músico esquizofrênico que virou mendigo. Só que a ajuda que ele está disposto a dar está diretamente ligada ao que ele ACHA (sempre os achismos) que é melhor pro cara. E aí mora o engano. Por que a gente se acha tão sabichão ao ponto de Ter certeza do que é melhor pra alguém?

Não sei.

Mas as vezes é preciso que a gente não levante bandeira alguma, só estenda a mão. As vezes basta ouvir e deixar o outro falar. Porque, por incrível que pareça, nem sempre quem TEM mais tem também a capacidade para ajudar. É que não basta doar casa e comida. O mais difícil é a tal da atenção, coisa que poucos podem oferecer porque a maioria está sempre correndo a maratona da vida, cujo prêmio (creem) vem em cifras $$$$.

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