quinta-feira, 27 de dezembro de 2012


Quando eu era pequena e fazia uma coisa chata minha mãe logo alertava: “Raïssa, isso é muito feio. Isso é chato. Isso é horrível. Minha filha, ninguém gosta de gente assim. Raïssa, você não pode fazer cara feia na mesa quando alguém come algo que não te agrada. Filha, isso é falta de educação!!!”. Eu ficava irritava, achava minha mãe uma mala.

Vinte e alguns anos depois eu agradeço por ter tido pais que não batiam palmas para tudo que eu fazia. Nada pior do que pessoas com a autoestima tão elevada que não sabem enxergar a si próprios.  Seus erros e desacertos. Suas esquisitices, manias e feiúras.

Hoje todo mundo se acha, e na boa, estamos todos dentro do mesmo saco. Por isso, em 2013 eu desejo que todo mundo seja um pouco menos: menos arrogante, menos fútil, menos fresco, menos bobo, menos burro, menos irritado, menos ocupado, menos mal-educado, menos amargo, menos fofoqueiro.  O ditado popular já dizia: “menos é mais”...