quinta-feira, 22 de julho de 2010



Com o tempo eu aprendi a ser mais tolerante. Aprendi a dizer adeus a amigos e pessoas queridas porque a partir daquele momento eu (ou eles) seguiria em frente para o lado oposto. Com o tempo eu aprendi a dedicar algumas horas à simples tarefa da respiração: inspira, respira. Com o tempo eu aprendi a contar até três antes de explodir com alguém. E aprendi também que isso pode falhar. Portanto, aprendi a dar o “braço a torcer” e pedir desculpas.


Com o tempo eu aprendi que aquela preguiça que bate às 6h da manhã pode ser vencida, e que o alívio de ter levantado da cama e feito um exercício é muito gratificante! Com o tempo eu entendi que se alguém gosta de você, ela faz por onde. Entendi que não são os caras que te magoam que gostam de você. Quem gosta não faz isso. Com o tempo estou aprendendo a ser menos ansiosa, a simplesmente “relaxar e gozar” quando o relógio parece acelerar o “tic tac” e não dar a mínima para o meu stress.

Com o tempo estou entendendo como a vida tem sempre uma maneira engraçadinha de mostrar o óbvio, mas que por ser óbvio a gente quase nunca percebe. Com o tempo aprendi a ir atrás dos meus desejos, a brigar pelo meu espaço, a falar mais alto quando o mundo parece usar um megafone. Com o tempo entendi que se não for você a dar o primeiro passo, ninguém vai te carregar no colo. E entendi que se você não arrisca aquela viagem para o outro lado do mundo, o tempo vai passar, as obrigações e as responsabilidades vão aumentar, e você vai ficar se perguntando “e se eu tivesse ido?...”.

Com o tempo aprendi que se todos os meus planos forem por água abaixo, eu sairei dessa com mais bagagem, seja cultural, sexual, amorosa ou financeira. E aprendi que por mais que você mude para outro país, estado ou cidade, você sempre poderá voltar pra casa e matar as saudades. Com o tempo eu entendi que não podemos iludir ninguém dizendo que vamos ligar, vamos aparecer, vamos fazer isso ou aquilo se na verdade não temos vontade. Ninguém é obrigado a gostar de ninguém, então aprendi que devemos tratar as pessoas como passarinhos, deixando-as sempre livres para ir e vir quando quiserem.

Com o tempo eu aprendi que devemos tratar todas as pessoas sempre bem. Não importando se é o faxineiro da faculdade, o porteiro, a vendedora da loja ou o presidente. Todos merecem ouvir coisas educadas e receber atenção, por que não?

Com o tempo aprendi a observar a vida das pessoas na janela, e entendi que por mais que sejamos diferentes nos dados que constam na identidade, somos todos parecidos. É que no fim das contas não importa quanto é o limite do seu cartão de crédito, quantas roupas bacanas preenchem seu armário ou para quantos lugares bacanas já viajou. No final das contas, quando bate três da tarde de um domingo, o que importa mesmo é quem você se tornou com tudo que viveu até hoje. E mais, o que pretende fazer com isso daqui pra frente.

2 comentários:

  1. muito bom com seu texto parei ate meus trabalhos pra me dedicar a um bom conselho .Bom nem te conheço mas aprendi muito com voce.
    parabens e felicidade
    MARIANA SJC.

    ResponderExcluir
  2. pode crer ese poema e massa!
    aee ve se aprende agora!

    ResponderExcluir