quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Quase lá: 2011!!!!



Agora é sério. Amanhã, na verdade jajá, porque é quase meia-noite, já será dia 31 de dezembro de 2010! Tens noção de como passou rápido? Fico me divertindo com o que pretendo enumerar na lista de resoluções para o novo ano. Ainda pouco estava rindo da mais frequente:

*Lembrar de não comer em 2011!

Atenção, quando a sua família diz que vc tá ótima é pq vc ta gordinha! Vó não gosta de ver neta magra, ainda mais neta que mora sem a família, porque pensa que ela nao se alimenta. Então, se ela diz: "minha filha, vc ta doente, ta muito magra!" Você está ótima!

A paranóia woman aqui quase surtou ao tentar entrar num vestido comprado há dois anos, e que nunca foi usado, e ter ficado igual a uma bola de árvore de Natal. Aliás, esse pensamento me levou a outras três resoluções:

* Usar a bike recém adquirida para ir ao Yoga todas as segundas, quartas e sextas de 2011
* Voltar a ir para o boxe às quintas e sábados
* Colocar um futon no quarto para meditar todos os dias de manhã
* Frequentar o budismo todas as terças
*Levar todas acima à sério!

As resoluções são basicamente estas, fora mais uns 10 itens pessoais...Ahá! Não publico tudo que penso, as vezes nem penso tudo que publico."to te explicando pra te confundir, to te confundindo pra esclarecer..."

Do que é publicável, ainda restam:

* Ler n vezes mais do que li em 2010
* Viajar mais (Vietnã, India, Africa, Itália...qual será o destino das férias de 2011????)
* Fazer milhares de novos amigos do mundo
*Manter os milhares de amigos que eu tenho aqui e por aí

Acho que ta bom, ne? Já citei "não comer?"...Já! Ok, só pra não esquecer.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Senhor mau-humor!




Vou te contar que um mau-humor DAQUELES invadiu minha alma e meus dias. Passei a semana praguejando a tudo e a todos, quando abria a boca era para dizer “que merda!” “que saco!” “que raiva” “que mala” “ai ai ai....” “dá pra piorar”.... e coisas do tipo. Coitado de quem trabalha ao meu lado!

O pior é que nunca me vi desse jeito, já passei por crises de mau-humor, é claro, mas nunca desse jeito! Que desânimo com tudo, que “deprê”, que vontade de não ir trabalhar, queria sumir nem que fosse para debaixo do edredom.


Pensei, repensei, pensei novamente e descobri o que me aflige: as comemorações do dia 31 de dezembro. A ironia é que eu estava super empolgada, pelo menos no início de 2010 eu pensava: vou super comemorar o final deste ano, que será demais! É... o ano foi demais! Consegui realizar 90% de tudo que eu queria, conheci pessoas incríveis, viajei para lugares “nunca dante navegados”, e por isso tudo eu deveria estar vibrando! 

 Não é o caso! Depois de anotar todas as possibilidades, acho que entendo o que me aflige. Ano passado eu estava casadinha, não que sinta vontade de casar ou saudades do meu antigo estado – Pelo contrário, solteira eu sei o que é ser completa, desencanada e feliz, ô se sei!, mas depois de três anos fazendo planos juntos para o final do ano, não é de se estranhar ficar deprê por ter que decidir tudo sozinha agora. É como se faltasse alguma coisa. Já gritei olhando para o céu: “Ei, não estão esquecendo de nada?”

E é essa a sensação, eu, a SUPER Raï, SUPER desencanada, SUPER animada, SUPER alegre, SUPER cheia de amigos e convites, estou SUPER desanimada com essa festa de final de ano. Assim como não estava nada em clima natalino. Mas ok, eu SUPER acredito no slogan da BANDNEWS FM: Em vinte minutos, tudo pode mudar! (Minha animação, meus planos, tudo enfim!)

Tou esperando...  

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

"Vai uma aspirina" por André Newman (o sensacional Michel Melamed)


E como eu palmilhasse distraidamente vencido, pois bem, O Solteiro. Primeiro: solidão não é abandono. Um é de dentro pra fora e o outro de fora pro dentro. Sim, o mundo é erótico. Típico pensamento de solteiro… Está comprovado porque inventei agora: solteiros são mais erotizados portanto fazem mais sexo. E, claro, os solteiros inventaram o sexo. Vai discutir? Discussão é invenção dos casais.

Volvendo: solteiro é opção. E opção é democracia. Casamento, por analogia, é ditadura. Porque casado, namorado, profissão, só serve se por paixão – paixão é falta de opção, delírio, abismo, não vou nunca mais falar sobre isso. Sofismático? Coisa de solteiro. O que é sofismático? Coisa de casal (apesar de fazer menos sexo, o casal lê menos também).

Solteiros são mais saudáveis. Praticam esportes (mesmo que motivados pelo desejo de um encontro), frequentam mais bares, praias, festas. Casais moram em masmorras onde se torturam mutuamente. Quem nunca torturou o parceiro que ai ai ai.

A voz do solteiro é a voz de Deus, diz o ditado. Assim, melhor só que blablablá, quem não está bem sozinho não pode querer blablablá, etc. Ah: solteirice é consciência ecológica e o casamento polui. Em resumo, solteiros tem tempo e espaço para inventar coisas (como essas), enquanto casais (#FATO) vivem na mesmice. Seja franco ou franca: até quem é casado sonha encontrar alguém.

Quem é que te olha todo dia no espelho? Quem te leva o garfo à boca e depois escova seus dentes? Quem arruma seu travesseiro, cruza suas pernas, pisca seus olhos, e, afinal, quem é que te inspira o ar? Você. No mínimo solteiros são solidários. Tema preferido dos casais? Egoísmo.

Os solteiros é plural então até que nem tão solteiros assim. Solteiros de todo mundo, uni-vos!
Pois bem, estou solteiro? Sim. E, talvez, “sou solteiro”. Aquela coisa toda de que nascemos sozinhos, vivemos, morremos… Então seria, “nascemos solteiros” e “morreremos solteiros”.

Outra (falo por mim e pelo que vejo): as pessoas são melhores solteiras. Melhores no sentido de mais potentes, soltas, vivas, fortes… Casais se castram, se frustram, amedrontam. Mais: solteiro quer dizer o sol inteiro. E ainda: só, mas inteiro. Em resumo: estou meio triste, meio raivoso, acabado, confuso, perdido, meio louco, sei lá, como pode notar (se for solteiro(a) porque casais são cegos).

 Mas tudo bem, eu me tenho só pra mim… Ser solteiro é como se ainda não existisse celular. Só isso. Simples assim.

E tenho aqui mais umas muitas notas caóticas sobre o tema, mas não importa. Fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz casado.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Bye, bye 2010!



Separando, cozinhando, escrevendo, amando, viajando, falando, aprendendo, trabalhando...estes foram alguns dos verbos mais praticados por mim em 2010. E o ano já vai se despedindo, vai deixando saudades, lembranças e, infelizmente, aumentando a distância entre o hoje e os bons momentos vividos neste que foi um ano tão mágico.

Se teve algo em 2010 que eu quis fazer e não fiz, foi... hmmm... Não sei. Tudo funcionou, até os lances mais perigosos e/ou que dependiam de sorte: rafting, carona pelas estradas do mundo, desfile em escola que não ganhava há 74 anos (Unidos da Tijuca foi vencedora e desfilamos duas vezes). Tudo, tudo, tudo mesmo redondamente perfeito.

Foi o Ano do Tigre (sim, acredito): ano da mudança. E a profecia se cumpriu. E, é bem verdade, que na virada de 2009 para 2010 eu já sabia que seria assim, e foi tão rápido!Amores, festas, sonhos, carnaval, teve espaço pra tudo. Novos amigos, os que passaram e os que ficaram, os amores que passaram também, aliás, meu coração passou um ano bem tranquilo, se aventurou algumas vezes, resolveu voltar pra casa. Descobriu o que lhe faz bem, descobriu que precisa ser leve e encarar cada coisa com seu peso. Cada amor de um jeito, cada flor com seu cheiro, sem misturar as estações.

Lembro de uma tarde na praia de Tel Aviv com amigos, quando me toquei do vazio que era não pensar em ninguém ao ouvir uma música bonita. Sabe quando você procura entre os ficantes, as pseudopaixões, e não encontra um só para encaixar? Eu disse à Soraya, quero apaixonar de novo. E aí veio a revoada, uns 50 pássaros sobrevoaram a gente. Soraya me olhou: "vc é bruxa!" Será? O amor não veio, coração não quis. Acho bom, acho válido.

Agora 2010 tá aí na porta, prestes a pegar a estrada e deixar 2011 assumir o posto. E olha que te digo, vai ser bom, vai ser muito bom, vai ser melhor ainda.

Ficarei olhando a despedida, taça nas mãos, amigos do lado, roupa e coração leves, coisas de quem tem certeza das escolhas que faz. É fácil quando a única certeza que carregamos é a de que só sabemos o que não queremos. O que eu quero? Não sei! O que eu desejo? Que todas as pessoas saibam enxergar o chão onde pisam, que não tenham medo de se aventurar, de ir atrás daquilo que acreditam. Desejo que todos saibam a importância de parar e olhar a lua no céu, as estrelas que brilham, as ondas do mar. Desejo que antes de pensar no que querem construir materialmente, pensem na pessoa que querem ser no futuro, nós somos os únicos responsáveis pelo nosso destino. Isso é muita responsabilidade!

Depois não adianta chorar, não vale culpar o passado. As escolhas são nossas e um ano bem vivido determina o seguinte, então, pra encerrar meu post vitaminado e apaixonado pelo ano que termina, vou repetir aquela que foi a palavra mais importante de 2010: LAMA LO?

Lama lo é "por que não?", em hebraico. "Deixo ir aquilo que não me faz mais feliz?" "O que, mergulhar na praia agora, 4h da manhã?" "Viajar sozinha?" "Amar, des-amar?" "Curtir, festejar, chorar, se arrepender, terminar, começar?" LAMA LO?

Valeu 2010!



















sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A gente, e quando digo isso me refiro a homens e mulheres, passa a vida buscando um amor. Até quem "tá por aí" fica à espreita de alguém que vai chegar na hora em que menos se está esperando, encostar as mãos em você e fazer "clic". Então a gente vira um termômetro ambulante, medindo a temperatura dos corpos que ocasionalmente se chocam ao nosso, dia a dia, num simples aperto de mão. E, se a temperatura do outro é um pouco mais quente, a gente para e considera. A maioria escosta e nada rola. Outros causam a maior confusão,e em alguns casos, embolam o corpo no nosso em minutos. Aí a gente gruda, transa, se apaixona por uma noite. Depois esfria. Ou engata.

Quando a placa "estou solteiro e vivo bem assim, obrigada" está pendurada no pescoço, tal e qual melancia, que é pra afastar possíveis relacionamentos, até então, nesse momento da vida, complicadores e dificultadores da vida leve, livre e solta que o solteiro vive. Calma aí, cade o ponto dessa frase? Não disse que tem corpo que embola no outro?

Bom mesmo é viver o momento. Sem muitas teorias, aliás, sem nenhuma teoria. Conceitos só atrapalham, dificultam o raciocínio e tem hora que o bom mesmo é não pensar em nada. Parafraseando Manuel Bandeira, "Os corpos se entendem, mas as almas não", então porque é que colocamos a alma em tudo?

Voltando, todo mundo está em busca de alguma coisa, e até que se prove o contrário, o menos complicado, e mais divertido, é ir levando com o que há de mais leve: a solteirice. Parece feio, parece leviano, talvez seja. Mas quem é que quer virar uma Maria Madalena arrependida atrás de alguém? Eu não, obrigada. Passe bem.

Volver: todo mundo está em busca de algo. Mas o melhor mesmo é não procurar nada. E viver, assim assado, feliz, por aí, sem stress. Mas não, a gente viaja, cria fantasias, personagens irreais, e vivemos muitos personagens também. For what?

E quantas pessoas passam pela nossa vida em questão de...sei lá, 1 ano? Três semanas, que seja? Vivemos um cooper emocional, e se a gente cisma com alguém e apaixona por três ou quatro dias, desencana em seguida e.... Próximo! Aí vem o tal do corpo com a temperatura, que a essa altura nao sei se é a energia ou o calor, e lá vamos nós de novo.

Quando se tem vinte e poucos ou vinte muitos a gente não sabe de nada. E aí, em se tratando de saber ou não saber, é melhor não arriscar em nada que seja muito sério. Pra que? Mais cedo ou mais tarde você vai olhar ao redor e dizer com o pulmão inflado: uatarréu?

Sei lá, sei lá. Muitas emoções em 2010, e o ano já está na portinha, com malinha debaixo do braço pronto para dizer adeus. Mas, pera lá, quem disse que já quero me despedir? Mais uma vez, muitas emoções para organizar de uma só vez.

Então, os corpos se encontraram, acharam graça um no outro, finalidade igual: se divertir. Daí não há  blablabla, nada que impeça de rolar. E se parece bom, por que não?

Depois, pendura a plaquinha no pescoço de novo, desencana e o que vier é lucro. Melhor que ser encanada, é ter um blog para dizer essas besteiras que só os solteiros têm tempo de pensar. Melhor ainda, ser solteiro,e bem resolvido, é não precisar viver encanado.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010


Hoje acordei querendo tudo diferente. Enquanto me arrumava com um pé na porta e a cara no espelho, maquiagem em punho e cappuccino na outra mão, me vi desejando ser outro alguém. Uma simples moradora de uma vila calma, com tempo para passar as tarde na rede, dona de um belo jardim para gastar as minhas tardes pintando. 

Imaginei uma varandinha aconchegante com cachorrinhos, passarinhos, cheiro de comida no fogão à lenha, barulho de bicho na mata e o padeiro passando de bicicleta na porta com a cesta cheia de delícias.
Pensei como seria ter a tranquilidade de não precisar viver às voltas da balança para emagrecer o meio quilo ganho na semana passada, e a correria para conseguir cumprir as missões diárias: levantar, correr para o banho, escolher roupa, maquiar, correr para o trabalho, atender ligações, mandar emails, telefonar, falar, escrever, bla, bla, bla. 

Na minha vidinha caseira perfeita, eu era alguém que não sentia falta de ar e o coração não ameaçava parar se eu não desacelerasse um “tiquim” que fosse.  O meu “eu” perfeito não tem tendinite de tanto usar o computador, no máximo fica cansado por passar horas e horas em pé pintando quadros.

Acordei com o telefone tocando, a maquiagem borrada, o café esfriando e minha amiga querendo usar o espelho.  Back to real life!