terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A gente, e quando digo isso me refiro a homens e mulheres, passa a vida buscando um amor. Até quem "tá por aí" fica à espreita de alguém que vai chegar na hora em que menos se está esperando, encostar as mãos em você e fazer "clic". Então a gente vira um termômetro ambulante, medindo a temperatura dos corpos que ocasionalmente se chocam ao nosso, dia a dia, num simples aperto de mão. E, se a temperatura do outro é um pouco mais quente, a gente para e considera. A maioria escosta e nada rola. Outros causam a maior confusão,e em alguns casos, embolam o corpo no nosso em minutos. Aí a gente gruda, transa, se apaixona por uma noite. Depois esfria. Ou engata.

Quando a placa "estou solteiro e vivo bem assim, obrigada" está pendurada no pescoço, tal e qual melancia, que é pra afastar possíveis relacionamentos, até então, nesse momento da vida, complicadores e dificultadores da vida leve, livre e solta que o solteiro vive. Calma aí, cade o ponto dessa frase? Não disse que tem corpo que embola no outro?

Bom mesmo é viver o momento. Sem muitas teorias, aliás, sem nenhuma teoria. Conceitos só atrapalham, dificultam o raciocínio e tem hora que o bom mesmo é não pensar em nada. Parafraseando Manuel Bandeira, "Os corpos se entendem, mas as almas não", então porque é que colocamos a alma em tudo?

Voltando, todo mundo está em busca de alguma coisa, e até que se prove o contrário, o menos complicado, e mais divertido, é ir levando com o que há de mais leve: a solteirice. Parece feio, parece leviano, talvez seja. Mas quem é que quer virar uma Maria Madalena arrependida atrás de alguém? Eu não, obrigada. Passe bem.

Volver: todo mundo está em busca de algo. Mas o melhor mesmo é não procurar nada. E viver, assim assado, feliz, por aí, sem stress. Mas não, a gente viaja, cria fantasias, personagens irreais, e vivemos muitos personagens também. For what?

E quantas pessoas passam pela nossa vida em questão de...sei lá, 1 ano? Três semanas, que seja? Vivemos um cooper emocional, e se a gente cisma com alguém e apaixona por três ou quatro dias, desencana em seguida e.... Próximo! Aí vem o tal do corpo com a temperatura, que a essa altura nao sei se é a energia ou o calor, e lá vamos nós de novo.

Quando se tem vinte e poucos ou vinte muitos a gente não sabe de nada. E aí, em se tratando de saber ou não saber, é melhor não arriscar em nada que seja muito sério. Pra que? Mais cedo ou mais tarde você vai olhar ao redor e dizer com o pulmão inflado: uatarréu?

Sei lá, sei lá. Muitas emoções em 2010, e o ano já está na portinha, com malinha debaixo do braço pronto para dizer adeus. Mas, pera lá, quem disse que já quero me despedir? Mais uma vez, muitas emoções para organizar de uma só vez.

Então, os corpos se encontraram, acharam graça um no outro, finalidade igual: se divertir. Daí não há  blablabla, nada que impeça de rolar. E se parece bom, por que não?

Depois, pendura a plaquinha no pescoço de novo, desencana e o que vier é lucro. Melhor que ser encanada, é ter um blog para dizer essas besteiras que só os solteiros têm tempo de pensar. Melhor ainda, ser solteiro,e bem resolvido, é não precisar viver encanado.

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