quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Vai ou racha?

Vejo casais querendo ficar juntos, tentando, e desistindo ou insistindo naquilo que não há de fazê-los felizes. Vejo mulheres novas à procura do que ainda não é para ser seu futuro. Vejo homens os quais não sabem em que fase estão e, por não saberem, tentam se prender e não aguentam a pressão. Vejo, e sei que é um erro antecipar as fases, porque já tentei, errei e voltei atrás também.


A vida é curta! (óóó´que clichê!), mas é isso mesmo. A vida é curta e temos pouco tempo para tentar ajustar as arestas, colocar a mochila nas costas e viver o que o mundão, e não esse mundinho pequeno e pouco da nossa rotina, tem para oferecer.

Quantas oportunidades batem à porta quando temos vinte e poucos ou vinte e muitos anos? Milhares. Todos os dias idéias e vontades que parecem loucas na primeira instância dizem - “olá! Vambora?”. É nesse momento que ser livre faz a maior diferença, porque quando é assim você não precisa abandonar responsabilidades com ninguém.

Nessa “meiúca”, vejo também um monte de gente que canta aquela música dos Titãs “devia ter chorado mais, e até errado mais, ter visto o sol nascer...”, mas que não levanta a bundinha do sofá tão confortável (medo dessa palavra!) para arriscar. Ou seja, o futuro dessa galera aí é óbvio.

E de obviedades e coisas confortáveis nossa rotina está cheia. E a maioria aceita. Já os riscos, seja de abandonar a própria cidade para tentar a carreira em outro lugar, mudar do emprego de anos para outro totalmente imprevisível, ir atrás de um amor no fim do mundo, essas coisinhas que dão medo, que fazem o coração palpitar e milhares de idéias virem à tona, é que vão fazer a diferença quando chegar a hora de “passar a régua e fechar a conta” aqui na Terra.

No início do ano fiquei viciada naquela música do Raul Seixas, aquele cara malucão para a quase todo mundo, mas que, como acreditam muitos outros “loucos”, tinha filosofias interessantes. A música era “Ouro de Tolo”, e o nome já diz tudo:

“Ah!
Eu devia estar sorrindo
E orgulhoso
Por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada
E um tanto quanto perigosa...”

Por essas e outras que admiro os mochileiros, essa galera que vê a vida de uma maneira tão excitante que não consegue ficar parada. Admiro e respeito os mochileiros, sua energia, coragem e desprendimento. É por isso que durmo com a cabecinha no travesseiro e o pensamento em todos os outros cantos e recantos dessa bola azul e cheia de água, mato, bicho e coisas interessantes para se ver e viver. Além, é claro, de ter meus planos e coragem sempre à ponta de bala! Só esperando o destino gritar mais uma vez para responder: - “Vamo que vamo!”

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Quem ainda olha o céu e as estrelas; quem enxerga os sinais que fazem a gente viajar num conto de fadas aqui mesmo, na vida real? O Pequeno Príncipe, de Saint Exupéry, diria que as pessoas grandes não têm tempo pra isso. E ele não estaria errado...


“Joaquim e as estrelas”, espetáculo com o ator João Velho, em cartaz até 10 de outubro no Oi Futuro, em Ipanema, fala exatamente sobre isso. E mostra pra gente como as pequenas coisas da vida podem ser especiais. Os detalhes do dia a dia podem ter a conotação que a gente quiser, é só fechar os olhos e acreditar.



Se a fantasia fosse bobeira ninguém teria inventado Papai Noel, Bicho Papão ou Coelhinho da Páscoa. Já parou para pensar como essas fantasias transformam o ambiente e os meses? O que seria de nós sem o Natal? A árvore, os amigos, a esperança de um ano novo melhor, tanta energia se movimenta, quase todo mundo se une nessa corrente. Por que deveria ser diferente? Porém, no restante do ano, as pessoas parecem se esquecer disso.

Todos vivem no correr das horas, no contar da grana, no vício da rotina que desgasta a vida e se esquecem de que podem sonhar; conhecer alguém e imaginar diálogos, viagens... E se nada der certo ter se dado ao luxo de viver uma fantasia. É isso, algo simples virou luxo dos poetas, artistas e gente que se permite ser criança. É que só as crianças conseguem pintar a realidade, fingir que acreditam de verdade.



Viagem

Assim como existem os alcoólicos anônimos, poderiam criar um centro de internação para adultos voltarem a serem crianças, tipo uma Terra do Nunca. As pessoas seriam denunciadas como rabugentas ou workaholics e aí seriam mandadas para esse centro de reabilitação. Nada mal...