quinta-feira, 20 de janeiro de 2011


E no meio do caminho tinha o Tom Cruise encarnado em Top Gun...

domingo, 16 de janeiro de 2011

Fui assistir ao espetáculo "Hair" , no Oi Casagrande, e voltei pensando, obviamente por conta do tema hippie do musical, o quanto o amor era um sentimento simples naquela época. Nos anos 60, amar e se deixar amar era fácil, as pessoas se gostavam, as vezes gostavam de dois, três ou dez ao mesmo tempo e viviam numa boa. Elas não ficavam tentando impedir aquele sentimento, amar era o grande barato junto com as outras drogas da época. 

Assim como nós, do ano 2000, temos a pretensiosa tendencia a valorizar a época na qual vivemos, acredito que também temos a mania de complicar os sentimentos e o próprio dia a dia, num exercício narcisista de provar para todos, inclusive às pessoas do século passado (aliás, principalmente a eles) que somos melhores e mais importantes.

Complicamos e acabamos confundindo a cabeça alheia e a nossa também. Por que não viver, por que tudo tem que ter um sentido, um final pré-determinado? Será que se a gente vivesse tudo que gostaríamos completamente, e não pequenas parcelas como as vezes acontece, nós iríamos gostar? Porque, aparentemente, uma mordida num picolé que não é nosso e o fato de nao poder comê-lo inteiro, nos faz acreditar que aquele é o " picolé dos picolés". No entanto, adquirido o sabor inteiro, a ideia pode mudar... "Nossa, como esse picolé enjoa..."

Nós queremos sempre aquilo que não podemos ter, óóó, até aí não descobri nada. Shopenhauer já falou sobre a Pulsão de Morte, estamos sempre desejando algo e quando obtemos não queremos mais. Queremos outra coisa. É uma necessidade constante de satisfação que quando atingida dura poucos segundos até que um novo objeto seja mirado. A única maneira de conseguir se safar, as duas únicas, seriam a morte e a arte. A segunda é para poucos, infelizmente. Porém, outra arte também faz a gente deixar de lado esse dejeso insano, ao menos eu funciono assim, o amor! Por isso os hippies eram tão tranquilos?

...

Amar não precisa estar diretamente ligado ao casamento, mas sim à satisfação da companhia. E se pensarmos assim a coisa fica mais leve. O que tiver que ser vai ser, mas isso a gente só vai descobrir lá na frente. Então tire as suas preocupações do caminho e vamos leve pela vida. Desejando, sendo desejados... Afinal, não temos só o amor para preencher a caixola, quem tem amor ao trabalho, à casa, ao estudo, etc, sabe disso.

Equilíbrio, isso é essencial!