domingo, 19 de abril de 2009

COZINHANDO


Quem gosta de cozinha sabe: se não está bem consigo, não cozinhe.

Hoje foi um dia desses, mas não o respeitei. A princípio estava tudo bem. Tomei café da manhã na Cafeteria Colombo, no Forte de Copacabana, passeei pelo calçadão e voltei para casa. O filme “Tudo sobre minha mãe”, do Almodovar, me aguardava ao lado do DVD, mas antes fui organizar algumas coisas pela casa, que está um pandemônio de bagunçada. Isso me tirou bastante o equilíbrio, é verdade.

O que importa é que o que deveria ser um banquete bacaninha de domingo virou uma experiência mal sucedida, uma gororoba! Descobri que abóbora e alcaparras não combinam, que pepino e azeitona não faz salada e que contra-filé, nem levando muita pancada, vira filé mignon. Por fim, uma coca-cola sem gás.

Poderia ser pior? O Roger disse que sim.

Para se cozinhar é necessário, antes de tudo, paz de espírito, liberdade na cozinha, limpeza, possibilidades, temperos, luz, visão, pretensão, imaginação e o mais importante: cobaias.

Cozinhar é arte, deveria ser a profissão mais bem paga do mundo porque o cozinheiro coloca em cada panela um pouco de sua alma, de seu ectoplasma, mistura com outros ingredientes e manda ver. Já reparou que uma mesma receita feita por diferentes pessoas adquire gostos também diferentes?

A comida é o que nos alimenta e o que nos faz, muitas vezes, comer rezando, de olhos fechados e apertados, quase lacrimejando. Algumas pessoas conseguem fazer comidas orgásmicas.

Ps: Minha amiga Carol, nutricionista formada, está vendendo o bolo “Doom”. Não sei o motivo do nome, mas ela é uma dessas pessoas cozinheiras incríveis. Quem quiser comprar fale comigo. Ah, é do gosto universal: de chocolate!

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