
As meninas mudaram de apartamento, só agora sinto que saí do Apê das Gatas - o nome é bobo e pretensioso, mas foi lá onde moramos por quase três anos e onde aprendemos a conviver com pessoas diferentes, a aturar manias diferentes e até nos tornamos pessoas melhores e, claro, diferentes!
Achei uma coisinha que escrevi em 2007 sobre nossa casinha:
Vodoo; Dudu; dinheiro “pro” duende; fechar a porta do banheiro e a tampa do vaso por causa do Feng Shui; Floral de Bach; Terapias e terapeutas; Yoga; Meditação no quarto de portas trancadas à luz da lua ou na praia ao som do mar; Desvirar o chinelo senão a mãe morre; incensos; defumadores; bruxinhas na janela; pegar luz da lua azul; pensar positivo e fazer figa; acreditar em sonhos; beber e não esquecer de brindar pra não ter azar.
E assim as cinco mocinhas do apartamento da Rua São Manoel, em Botafogo, vivem. Usando a magia, o esoterismo, os deuses e os astros a seu favor.
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E para encerrar e ilustrar quanto aquele lugar era perfeito, mais uma das coisinhas que escrevi.
09- Março-2007
Baile de máscaras no Apê das Gatas. Não teve uma que não se vestiu a rigor, nem umazinha fugiu da energia perfeita que rolava na sala, na cozinha e até no banheiro houve quem tenha feito festinha... mas isso é outra história...
Os amigos beberam caipirinha achando que era suquinho, né Toddy? Carla achou que a cobertura do bolo era tinta e não teve um que não tenha ficado lambuzado de marshmallow da cabeça aos pés.
Lá pelas tantas, Barão Vermelho no último volume, a síndica liga dizendo que não consegue dormir, mas quem disse que isso era problema de alguém daquela festa? Segundo o Trypa, amigo da mineira, nem ele, nem ninguém, tinha nada a ver com isso, estavam todos ótimos!
Não satisfeitos, dançaram “Secos e Molhados” no meio da sala; as meninas, que a essa altura não sabiam nem quem eram, fizeram uma coreografia de deixar o queixo da plateia caído. Teve até gente indo embora, a desculpa era assim: “Na boa, não tô entendendo mais nada dessa festa. Ver a Carla dançando Ney Matogrosso foi o suficiente”. Quem disse? Roda pra cá, roda pra lá, e no fim das contas tinha gente dormindo, vomitando, correndo com marshmallow na mão e esfregando na cara de alguém, né, Carol?
Festa perfeita, energia mais-que-perfeita, segunda festa comemorativa do niver da Mineira.
No café-da-manhã, que na verdade foi às duas da tarde e não tinha pão, nem leite, e sim macarrão com salsicha, o assunto era um só: a próxima festinha, que já tem dia e tema escolhidos: 25 de maio, niver da Raï, motivo anos 60. Bailar, yo quiero bailar lalalalalalala bailar,