quarta-feira, 20 de abril de 2011


Mulher é um bicho muito figura mesmo, né?! A gente sai com um cara, gosta e volta pra casa criando uma fantasia digna das produções de Hollywood.  Daí a gente fica vivendo a fantasia e, pior, cobrando que o cara viva também, mas "pera" lá! Ninguém avisou ao coitado que ele deve representar o Hugh Grant! Daí quando o homem anda para a direita, fugindo do script desenhado por nós, a gente surta e acha que ele não está afim.



Aliás, têm listas e mais listas dizendo quais são os sinais que justificam que “Ele simplesmente não está afim de você”, as mulheres adoram usar essa desculpa e viver como as protagonistas desse filme. É óbvio que se o cara quer, ele corre atrás, mas tentar achar significados em cada passo que o Divo dá é demais. Assim a gente pira de verdade e o cara, aí sim, sai correndo.

Uma amiga estava na praia, meio frustrada porque o gato disse na noite anterior para eles irem juntos dar um mergulho, a manhã veio e nada. Ela estava lá, linda e bronzeada, mas tristinha porque a ligação não rolou. De repente minha amiga viu o cara passar com um amigo, andando a beira-mar. Bem na hora em que ela foi dar um mergulho. Pronto, baixou a paranoia woman – eu sei que todas sabem do que eu estou falando!- e ela voltou furiosa para a areia. “Eu sei que ele me viu! Por que não veio falar comigo?” E nosso amigo homem, opinião essencial nessas horas, disse: “gata, ele não te viu. E você me disse que ele tem miopia, ele não te viu mesmo!”

Mas nada tirava da cabeça dela que o cara a tinha visto e não parou para dar oi. Foi o suficiente para que as noites calientes, os carinhos, as saídas gostosas desmoronassem como um castelinho de areia daquela mesma praia. Ela afirmava que não ia mais ligar pra ele, a partir daquele dia não estava mais afim. Dizia que não ia mandar mensagem, “ele que morresse afogado”! Ahãn... Não bastou para que em alguns minutos ela estivesse com aquela cara de louca, celular nas mãos, dedos a postos e mensagem bomba a caminho! Eu olhei e disse: “Gata, o que você está fazendo?” e ela: “Gata, se eu não mandar essa mensagem não vou ficar tranqüila.”

Nós mulheres sabemos que isso nunca dá certo, mas a envolvida no caso nunca consegue se conter, mesmo sabendo que está fazendo besteira. Nosso amigo homem riu e disse o que o cara ia responder, não deu outra. O menino disse que não tinha visto minha amiga e, agora sim, veio ao encontro dela. Em poucos minutos era só love à minha frente. Tá vendo? Porque a gente surta?

Se as mulheres fossem menos inseguras esses surtos nunca aconteceriam, mas tenho que concordar que o homem carioca deixa a gente doida! É muita mulher bonita na cidade, sol, praia e cerveja. Você sai, beija o gato, sai mais umas duas vezes, daí ele toma Doril e nunca mais se tem notícias. 

Não sei o que acontece, tudo parece perfeito até que...não sei. E aí a mulherada corre para os cinemas, seriados, novelas e fica desejando viver aquilo. Mas cá pra nós, em filme dá tudo certo, é tudo lindo, perfeito, com certo drama, mas no final é Happy End. Na vida real a gente precisa se esforçar para manter os pés no chão e ficar equilibrada. 

Esses mesmos caras que somem de repente reaparecem namorando, e eu tenho a sensação de que eles vão buscar as namoradas numa fábrica de “smurphetes!”



As meninas são padronizadas: cabelos iguais, roupas iguais, atitudes iguais. As moças com personalidade para se vestir e levar a vida no dia a dia parecem assustar, sei lá. A minha sensação é de que isso só acontece no Brasil, não falo por achismo não, é experiência mesmo. Digamos assim, um “laboratório amoroso”.

Então a gente vai levando entre um surto e outro, “menos esperando encontrar alguém”, que é o que dizem: “quando você menos esperar, acontece!” Só que tem gente aí “menos esperando” há muito tempo. O lado bom é: temos sol, praia, calor, sambinha e cerveja, podemos esperar sentadas ali no Posto 10! De quebra, a vista sensacional dos gatos e do Morro Dois Irmãos. Nada mal...

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