terça-feira, 29 de dezembro de 2009




O tempo passa.
A idade chega, a responsabilidade também, os compromissos aumentam, as escolhas se multiplicam e as dúvidas crescem à medida que a vida exige mais e mais da gente.

Meu siso resolveu “brotar”, aliás, parte dele. O restante está preso no osso tentando sair e me dando uma bela dor de cabeça (li isso no Google e fez o maior sentido)! Dizem que siso = responsabilidade. Deve ser por isso que ele dói, para mostrar que cada atitude nossa resulta em alguma coisa e que esse resultado pode ser doloroso. Minha mãe diz: “Crescer dói. Mudar dói. Amadurecer dói”. Shopenhauer também dizia isso, mas era mais profundo, segundo ele a vida é um eterno sofrimento e só a morte resolve essa dor. Só que eu não tenho pretensão nenhuma em encerrar meus (se é que posso me atrever a chamar assim) sofrimentos à la Shopenhauer.

Esse papo todo parece meio brabo para um fim de ano, é época de acreditar que tudo vai dar certo, e eu realmente acredito que vai e que o que já está certo vai ficar melhor. É que andei pensando muito sobre as dúvidas e as incertezas que a vida nos traz. No livro autobiográfico “Feliz Ano Velho” uma ideia mal pensada fez o cara passar a vida inteira numa cadeira de rodas...Quando é que uma ideia tende a ser uma dessas mal pensadas e vai nos fazer mal? Arriscar é seguir tudo que vem à cabeça, não? Então viver é um eterno jogo de sorte (ou de azar?). Nós passamos a vida inteira jogando os dados e quando eles param é sinal de que nós vamos nos dar muito bem ou muito mal, não tem meio termo.

Então a lição da vida é: Nem acelerar, nem freiar. É seguir em frente. Tem um amigo que diz: “ Eu não corro atrás de nada, eu corro na frente”. É por aí. Mas a verdade é que cada um tem seu tempo e cada época nos faz uma pessoa diferente, isso é muito interessante. Meu irmão caçula me perguntou porque uma certa pessoa é do jeito que é e porque isso é tão ruim. A minha resposta foi meio cafona, mas tem muito sentido também: “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é” (Caetano Veloso). Esse cara o qual meu irmão se referia tem os motivos dele, a vida que teve trouxe também cicatrizes, é claro, ninguém está imune a elas. E essas marcas fazem cada um de nós acreditar nas suas verdades e nas suas maneiras de agir, pensar, ser, viver, comer, andar, falar, independente dos outros seres.

É por esse motivo que temos que respeitar todas as pessoas e suas culturas e religiões. Cada homem sabe ao que se agarrar para aliviar a barra do dia a dia e não tem problema nenhum que esse ideal não seja igual ao meu, ao seu ou ao do vizinho.

O tempo continua passando, vamos para mais um ano de aprendizados e tenho certeza de que chegaremos ao final dele 100% diferente de hoje.

E que venha 2010 e todas as surpresas que nos aguardam!
Tin tin

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