quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Na semana passada tive contato com uma realidade bem diferente da nossa. A realidade de alguém que vive num lugar marcado por guerras, homens-bomba e intolerância religiosa. E essa pessoa, no meio disso tudo, conseguiu transformar esse meio numa mensagem de paz e coexistência. Aliás, ouvi essa palavra por dois meses durante o trabalho. Também ouvi as músicas sem parar, parte por obrigação, parte porque fiquei encantada com o som, com a utilização dos instrumentos, com a diferença cultural reunida e exposta no CD.


Estou falando do Idan Raichel Project, o projeto de um israelense nascido em Tel Aviv. Ele serviu ao exército, como todos os israelenses (homens ou mulheres) devem fazer, e decidiu ser músico, ao contrário do desejo de seus pais, que como todos os outros querem os filhos formados por uma faculdade. Idan, atualmente com 32 anos, liderou mais de 80 músicos para a gravação dos discos. Foram convocados artistas da rua, gente de diferentes religiões e culturas para participar, e a partir daí o grupo está viajando o mundo inteiro em turnê.




 São uruguaios, sudaneses, iranianos, israelenses, árabes... todos podem participar. As músicas são cantadas em inglês, espanhol, hebraico, árabe e outros vários dialetos e idiomas.

Nessas horas a gente valoriza o Brasil, não? Eu valorizo. Aqui convivem católicos, judeus, espíritas, gente preta, branca, amarela, azul...todas as cores. É claro que nada é perfeito e vez ou outra acontecem casos de intolerância. Violências desnecessárias, mas bem características da falta de educação do nosso povo.

O jornal inglês “The Times” classificou o Idan como “o acordo de paz de um homem só do Oriente Médio”. Quanto a isso, Idan disse que um acordo de paz só pode ser feito entre dois. E em relação ao Irã, isso é complicado porque Ahmadinejad não considera a existência dos israelenses, Idan disse que se encontrasse o líder iraniano no aeroporto, por exemplo, o convidaria para conhecer sua história. Afinal, a gente não pode odiar aquilo que não conhece.

Curiosa, fui pesquisar sobre Tel Aviv e constatei como verdade o que disse Idan Raichel, a cidade não corre o risco de ser atacada como antigamente acontecia. É um lugar maravilhoso, moderno e rico. Vale conhecer.




Pra quem ficar curioso, segue o link http://www.idanraichelproject.com/.

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