Quando eu era pequena e fazia uma
coisa chata minha mãe logo alertava: “Raïssa, isso é muito feio. Isso é chato.
Isso é horrível. Minha filha, ninguém gosta de gente assim. Raïssa, você não
pode fazer cara feia na mesa quando alguém come algo que não te agrada. Filha,
isso é falta de educação!!!”. Eu ficava irritava, achava minha mãe uma mala.
Vinte e alguns anos depois eu
agradeço por ter tido pais que não batiam palmas para tudo que eu fazia. Nada
pior do que pessoas com a autoestima tão elevada que não sabem enxergar a si
próprios. Seus erros e desacertos. Suas
esquisitices, manias e feiúras.
Hoje todo mundo se acha, e na
boa, estamos todos dentro do mesmo saco. Por isso, em 2013 eu desejo que todo
mundo seja um pouco menos: menos arrogante, menos fútil, menos fresco, menos
bobo, menos burro, menos irritado, menos ocupado, menos mal-educado, menos
amargo, menos fofoqueiro. O ditado
popular já dizia: “menos é mais”...